Público jovem no Memorial, a certeza da preservação da história

Publicado  quarta-feira, 9 de junho de 2010


O antigo prédio de tijolos vermelhos do Departamento de Ordem da Política Social – DOPS, onde funcionou, de 1940 a 1983, a polícia política das ditaduras getulistas e militar, foi reformado e transformado em museu, para homenagear a resistência, os presos e mortos durante a ditadura militar.


Com o apoio do Fórum de Presos e Perseguidos Políticos, a restauração foi feita a partir da memória de presos que passaram por lá e viveram essa época.

Esse novo projeto foi realizado com vistas a ampliar a sua ação preservacionista e seu potencial educativo e cultural, por meio dos problemas e atualizações dos caminhos da memória da resistência e da repressão do Brasil Republicano.

Para Guilherme Meirelles, estudante de Administração, foi muito importante visitar o museu, pois ele desconhecia muito coisa que havia acontecido em seu país e, com isso, saiu de lá entusiasmado em ler mais sobre assuntos oriundos da época do regime ditatorial no Brasil.

O Museu está centro de São Paulo, na região da Estação da Luz, que foi cenário de um dos piores momentos da história do Brasil. Era para lá que os presos eram levados, durante a ditadura militar, para serem interrogados, torturados e, em muitos casos, mortos pelo sistema autoritário que regia o país.

A exposição, de longa duração, está orientada em quadro módulos:

Módulo A – Edifício e suas memórias: neste módulo é possível conhecer o tema do memorial , os diferentes usos do edifício e sua estrutura, através de vídeos imagens e fotos do ambiente.

Módulo B - Controle. Repressão e Resistência: O tempo político e as memórias: contextualizando no espaço a história do Brasil nos tempos republicanos, este espaço conta com o apoio de uma linha tempo, com imagens e textos contendo uma ampla e rica história e, também, com uma espaço de multimídia, com arquivos e documentos de nossas memórias.

Módulo C – A construção da memória. O Cotidiano nas celas do DEOPS/SP: este espaço possibilita, através da memória dos presos e restauração dos ambientes, conhecer as memórias aprisionadas na ditadura militar. Esta espaço possui 4 celas:

Cela 1- Chama a atenção por contar o processo de restauração.

Cela 2 - Homenagem a todos os milhares de presos que ali estiveram

Cela 3 – Reconstituição parcial, a partir de relatos de quem esteve preso no DEOPS na época da ditadura.

Cela 4 – É possível ouvir o depoimento de ex-preso, de como era o seu dia-a-dia dentro das celas.

Módulo D – Da Carceragem ao Centro de Referência: através de arquivos em rede on-line do próprio memorial e museus semelhantes, é possível acessar arquivos, documentos e depoimentos de todo o Regime Militar. Neste mesmo ambiente, há um vitrine com objetos e dossiês do DEOPS, que estão sob a guarda do Estado de São Paulo.

A estudante de moda Marília Silva conta que teve receio de entrar nas celas porque parecia, literalmente, que dali tinha acabado de sair alguma vítima do regime militar no Brasil e achou muito interessante como retrataram o contexto da época.

Fora as exposições, o Museu da Resistência conta também com palestras e eventos, procura manter laços com outros países, principalmente da America Latina, visando a estabelecer redes que tratem dessas problemáticas, para atualizar sempre atualizando os eventos no museu.

Para você, que ainda não esteve do Museu da Resistência, fica uma dica cultural, pois hoje, graças àqueles que ali estiveram, você tem acesso a esse tipo de informação.

Serviço

Memorial da Resistência

Largo General Osório, 66 – Próximo a Estação da Luz – Linha Azul

Telefone: (11) 3335-4990

Entrada Gratuita

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